
Quando chover em mim
Data 07/05/2015 14:19:43 | Tópico: Prosas Poéticas
| Deixei de ter alguma coisa pra dizer absolutamente nada a não ser deixar espalmado nossos destinos estrategicamente enamorados pela arte empolgante do amor num vasto encontro derradeiro onde nos disfarçámos tácitos sorrateiros na formosa luz onde esquadrinhamos fiéis nossos vícios gerados em cativeiro A não ser que me procures revelando-te não mais inquietarei minhas imaginações até que chova em mim tuas insaciáveis palavras exiladas no quotidiano onde não mais traduzirei em versos tanto amor engolido na voracidade desordeira, aborrecida quando rastejamos atrás do rastilho do tempo procurando embriagados a piedosa e afortunada carícia numa fuga assim quase homicida em prantos e plágios folclóricos de um sonho tão devastador onde por fim nos filiamos eternos,rendidos conspiradores A não ser que hoje me revejas tão comprometida não hesitarei um minuto roubando teus fiéis requintes naquelas fantasias tão curativas onde incutida por palavras confidentes te entregas irresistível,ardente expondo toda a anatomia alucinada na espera conciliadora e tão contundente Ali depois ficarei quedo jazendo à luz da luz submersa anelando príncipescamente teus dotes desgarrados perversos onde sorvo sem remorsos o súbito acesso aos teus beijos assim dispersos no quotidiano febril onde tantas vezes nos barricamos prostrados,vorazes e depois…devagarinho, anoitecemos serenamente audazes FC
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