
Em sigilo
Data 01/05/2015 10:25:09 | Tópico: Poemas -> Esperança
| Sou, como sou assim como as folhas que morrem no Outono enaltecendo admiradas nossos jardins gotejando expressivas gotas perfumadas de amor Sou, assim revelado, exposto às avaliações talhadas em palavras endurecidas pelo tempo inquirindo ao vento nossos ecos surdos compartilhados,inconformados nesta peleja onde te imagino minha fotografia abraçada em caricias que me inebriam e me deixam em constante desatino Sou e serei qualquer bandeira neste mundo desfraldada onde bem quiser Ensaiarei meus hinos construídos nos meus soletrados cânticos de batalha onde venço cada acto religioso em conflagração onde se desmembram migalha a migalha inconcebíveis gestos trajados de ódio e desespero Sou o que fôr superando minhas tristezas enriquecendo esta espécie de poema transeunte vadio relegando meus os olhos fitos numa esperança que cessa nas paisagens oscilantes de uma morte anunciada que por fim se apressa Assim se supera a tristeza com actos deliberados de amor que se saciam à mesma hora anónima perdidos inultimente nestes versos onde confisco deliberadamente tanto desassossego Assim me apresento poético algoz no canto das palavras que se vestem hoje de luto são parte de mim, ou deste mundo que encerro em cena numa enorme multidão que não mais aplaude de corpo e alma porque se alimenta desta estranha solidão coroada de silêncios nesta nesga de tempo que encerro em sigilo numa exaltação quase aritmética em nós transfigurada semântica e tão poética FC
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