
O ROUXINOL
Data 08/02/2008 12:23:10 | Tópico: Poemas
| O ROUXINOL
O canto enternecedor daquele rouxinol, Que lá da montanha ouvia-se o chilrear, Soprava a brisa sob o manto do arrebol, Numa casinha... um morador a escutar.
Na relva silenciosa fazia sua pousada, Em noites lépidas, passava a cantar; Seu canto álacre, chamando a amada, Para a Natureza, com ela homenagear.
As flores embevecidas com seu canto, Exalavam aromais ao pássaro ermitão, Prazeroso era ouví-lo... que encanto! Bendita ave! Dos céus é a sua criação!
Hoje, toda serrania veste-se em pranto. Sua majestade, a filomela emudeceu, Seu silêncio foi a sua voz em pranto, Fêz chorar até quem não a conheceu.
Sentido com a morte do passeriforme, O morador da casinha ali não quis ficar; Uma sombria e ansiada vida deforme, Faria a saudade daquele alado chegar.
Narrada sob à sombra de uma albina, Que afirmam verdadeira para se contar, Até fincaram no píncaro daquela colina Uma cruz, para sempre a ave lembrar.
Rivadávia Leite
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