
Poema Livre
Data 02/03/2015 21:09:07 | Tópico: Poemas
| Tudo começa num inocente jogo de palavras E eis que nasceram as estrelas Eis que nasceu o pão e o amor E eis que nascemos em meio às trevas Abraços cerrados, amantes Contorcendo-nos nalgum ventre Carregando a promessa da vida
Lá fora, enxergo a luz do luar que faz senão banhar a escuridão das estradas Os segredos impenetráveis da mata fechada Sonho com o advento do sol numa manhã esperada [Viajo, e talvez o meu destino...] Observo os mundos e as órbitas celestes Renasço todos os dias e morro pelas noites E, nos segundos em que não contemplo a beleza, Meu coração chora com teu nome à ponta dos meus lábios
Adonai, Adonai! o breu ameaça-me com pujança E eu vou esquecendo-me de quem sou [Sou só uma centelha da colisão entre vazio e vazio] Eu sou a divisão da tua beleza E o meu futuro a alegria da re-dissolução Chorando baixinho nos teus braços Cantando das dores que hão de doer
Eu caminharei, ainda, por todas essas estradas solitárias E chorarei baixinho por todos esses amores afora Mas o meu coração mais profundo conhecerá a verdade E regozijará da nunca esquecida promessa enquanto meu corpo de homem chora E aos teus braços, no final, me confinarei E, no final, convergirá tudo em Ti
Quando a névoa e as nuvens cederem Verei, enfim, o que há escrito no horizonte E não me surpreenderá se lá estiver escrito O Teu eterno, imutável nome.
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