
CALABOUÇO
Data 15/02/2015 22:10:44 | Tópico: Poemas
| Sinto-me pássaro, mas estou preso numa gaiola, Meus dedos escorregam pelas barbas de bode À procura de uma brecha... O vento me sacode Pra e lá e pra cá e minha paciência me extrapola
Os limites do silêncio... Então canto com gritos Ensurdecedores que despertam a cidade malvada Do sono imbecil de que se embalam na alvorada Totalmente envoltos em sonhos empedernidos.
Minha voz enrouquecida clama direito à liberdade E ouvidos impiedosos zombam da arbitrariedade Que me mantém prisioneiro aos olhos do mundo...
Eis a espessa verdade que se faz em cada criatura... Seus espaços são tolhidos, amargam tenaz ditadura E pelas veredas da vida são apócrifos e imundos!
De Ivan de Oliveira Melo
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