
Sou-te pela encruzilhada
Data 21/12/2014 11:39:06 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Sou-te pela encruzilhada que se apodera de nossos poros, Gotas de suor numa escada infinita que sobe.
Pé ante pé, me descalço, Desmancho meus fios de cabelo E me desperdiço de ti A cada verso, que vá perdê-lo! De que serve viver-te por aqui, Se a cada respirar meu, passo em falso, És tudo o que já foste, e o voltarás a sê-lo.
Horizonte de loucuras imaginárias, Calçada subida, tortura temida. Por dentre respirações entre-cortadas, Ouve-te dentre as cantadas Que velhas carcaças ousam cantar...
Por onde andas, fim de linha? Quase que diria que ouvi o meu nome, Naquela tua voz doce, distante.
Quanto horizonte, quanto renome Tu te vestes, Ó Destino.
Seja insano, sem lógica. Que tudo se transforme numa poça, Dentre esses passos que sobem a escada.
Por onde caminharás tu, Diante desta encruzilhada?
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