
não canso de acalmar o ventre das palavras
Data 14/10/2014 17:03:42 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| lançam chamas palavras mesmo quando lançados ventos bravios das trevas que beiram margens
noturnas vozes dilaceram o tempo que se posta para sossegar a tempestade que deixastes nas nervuras dos lençóis...que sempre acolhe meu areal lunar amontoado num rompante ... quando a deusa cheia de prata e ilusão caminhou afrodisíaca.
em negrito, gritos disparam dos cantos das lembranças
[marcas sobreviventes de vendavais]
mas...
um mar branco vibra a dor da carência e alimentos tremem em querer satisfazer e não canso de acalmar o ventre das palavras, sossegando-as para não partirem em direção do pulsar frenético das lonas madrugais que delineiam teu olhar profundo distante
passos ébrios dos versos não retenho
porque
nada se empareda para escorar um arranhão que não seja feito de saudade.
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