
Destino
Data 21/09/2014 22:33:26 | Tópico: Poemas
|

Se fossem flores as lágrimas que me pendem nos cílios imagina , meu amor , os jardins que sorririam nos teus olhos se fossem poemas as gotas que escorrem como rios na minha derme imagina , meu amor , os livros que tuas queridas mãos receberiam se fossem pássaros as construções que me revolvem a mente imagina , meu amor , os mundos onde os teus pés seriam (per)seguidos se fossem músicas os bafos sufocados que me (não) saem imagina , meu amor , os instrumentos que te ensaiariam se fossem peixes as veias que me transportam o sangue imagina , meu amor , os rios e oceanos que te vestiriam se fossem joaninhas os estremeceres deste meu corpo imagina , meu amor , as plantas de boa colheita que te agraciariam se fossem céus os sorrisos que no meu rosto se revelam imagina , meu amor , a eternidade que te (a)guardaria...
Mas ...
Estes se´s anulam o tanto que tu possas imaginar condiconam(me) , aprisionando(nos) ...
Se eu puder libertar o condicional e erguer o absoluto então incondicionalmente meu amor , imagina , as horas soprando no relógio : - acelerai ponteiros , acelerai ! e estancai , agora , exactamente, neste preciso e precioso segundo em que eu de parado traço todos os caminhos que (me) conduzem ao destino que escolhi e faço aqui , onde nascem os anjos que respiram a sagração do amor ...
Luiz Sommerville Junior , 11112010,02:32
Em Luso-Poemas,2010
Em Na Transversal do Meu Relógio, 11112010,02:32
Texto Do Livro A Madrugada das Flores
Edição Corpos, págs. 32,33,34
|
|