
Contra Comédia
Data 03/09/2014 23:35:25 | Tópico: Sonetos
| Lentamente o azul do céu cede lugar à noite imensa Fulgindo estrelas que o torna um negrume brilhante Delineando a lua aos olhos do poeta que a vida pensa Esboçando na ideia a beleza da cor do seu instante
Poeta noturno, de alma encarnada em terra extensa. Cintila ao seu olhar a face de uma perfeição distante Por quadros que em cores vencem a névoa densa Da forma de um mundo como a comédia de Dante
Com a solidão no íntimo, rabisca o além e o infinito Dando vida ao momento com a imensidão poética Diante da inspiração que atém o seu próprio espírito
Na eternidade do tempo que desfaz a máscara do mito Com a inocência que estampa uma realidade maléfica Desanuviando o sentido com a força do seu próprio grito
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