
confissão ao carrasco
Data 08/08/2014 02:30:37 | Tópico: Poemas
| não te amo só quando a brisa do fim de tarde me traz teu aroma partindo-o em mil estilhaços não te amo só quando sorris os últimos raios pálidos do entardecer moribundo amo-te também quando teus olhos condenados por um crime impiedoso de amor cruel, olham-me em fúria insaciável amo-te também quando de carrasco tiraste meu melhor amo-te também quando mascas teu medo e olhas-me com olhos de ferro qual lança em espressões fulminantes rasgando o ar. ah como te quero para além da tempestade de angustia horrorizando o rosto das estrelas pálidas são as noites que me deste com as costas mesmo assim o amor aflora no mais recôndito refúgio de minh'alma e liberta-se pelo canto dos olhos em total desarmonia com tuas coléricas convulsões vomitando sobre os pés a ira que te vai no coração.
ana silvestre

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