
A POESIA NÃO DEIXA O POETA
Data 06/08/2014 12:45:48 | Tópico: Poemas
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“Saio de meu poema como quem lava as mãos.” Caro poeta, engenheiro, diplomata: Pudera eu sair de meu poema, por um momento só! Acorrentada minh’ alma, com versos, sem dó; mãos tingidas de poesia: ora de suor ora de lágrima ora de sangue (que a poesia corre nas veias, misturada ao sangue)! Pobre poeta! “Refugiou-se numa praia pura” “onde nada existe”, mas a poesia: que nada a segura, escondeu-se quietinha em seu coração! Então, “o vento que sopra o tempo” transformou a praia vazia, com tudo que nela havia (concha, pássaro, “côncavo”, a camisa despida,...), numa bela poesia!
*Parafraseando João Cabral de Melo Neto, Em seu poema Psicologia da Composição.
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