
CONFISSÃO dos MEUS CRIMES
Data 22/01/2008 21:21:41 | Tópico: Poemas -> Esperança
| Por sete longos anos morei nos becos do inferno e da lama, apropriações indébitas, estelionato, mentira, fizeram a fama, doutor entre ladrões, os abismos fartos diante da ousadia de quem o horrível ama.
A liberdade do oceano e do deserto me fizeram mais que insano, esperto! como um réptil sem nome espreito não é por mim que o moribundo se ergue do leito, mas o deleite de entender que o fundo do abismo é o espelho da alma me convence a ir embora coberto de vaias sem uma palma e certo de que o universo não é número. é agora.
Corvos aprendem a falar a língua do destino por mais que eu teime ensino ao analfa o resultado do encanto percebendo a estrada é o cristal do viajante que abandona o passado e parte na busca livre do medalhão e do manto.
Se a confissão dos meus crimes não abre a cela a justiça revela o fio de sangue rasgando a brancura do rosto do meu anjo para que sem arranjo encontre na deformidade a cura.
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