
Subtilezas linguísticas
Data 22/01/2008 14:39:02 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Os olhos que olhos não veêm.Mãos que se tocam esquivas e lascivas. O cheiro abafa as palavras e algo se esfuma no ar.
Sentados á mesa partilhamos a panela mas acabamos comendo algo de muito diferente.Ambos acabamos satisfeitos mas não mais perto. Trocamos as nossas ideias e ideais e a sobremesa sobre ela está.
Olhamos com estranheza um rosto á tanto conhecido. Um sorriso de esperança, outro abismo á esquina, e a vida corre em bicos de pés. Apesar de compostos da mesma matéria preenchemos os espaços vazios de maneiras tão diferentes.
Tentamos passar, distraídos ás vezes, pelo meio dos outros e acabamos a comparar mossas no chassi. Lambendo carinhosamente as feridas alheias na esperança e desejo de ver as nossas lamdidas. Procuramos individualidade e aceitação.E essas lutam sem tréguas. O campo de batalha somos nós e as palavras são a arma e o consolo.
Se fosse este um mundo de surdos-mudos não seria tudo mais fácil?
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