
Destino destinado
Data 16/06/2014 19:38:41 | Tópico: Poemas
| Eu não quero ser destino!
Coisa vaga, sem sentido, perdida ao longe, num latido. Eu não quero ser aquele que a Vida não abrange ...
Eu não quero ser destino!
Corpo velho, Alma nova, gente em desatino, que fica ali esperando, que ali fica a chorar, ali também dançando ...
Eu não quero esse destino!
Tão pouco! Tão nada! Um brilho quase felino... D’olhos que apenas vão fitando! Fitando o desespero, que aos poucos, instalado, destrói a expectativa, deixa a amargura, a triste sina, o desespero e a desilusão, perdura ....
Por isso não quero ser destino!
Eu sou um’ Alma rouca! sem destino ... Uma graça pouca! Em desalinho ... Uma cabeça louca! Sem tino ... Só não quero ser destino! Só não quero esse fadário!
Mas não querendo sê-lo, na verdade, sou-o já! E sou-o de pequenino ... Eu sou esse calvário! Eu sou esse destino!
Ricardo Louro no Estoril
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