
Esquisito
Data 29/05/2014 10:23:45 | Tópico: Poemas
| Desgraçadas das crianças Que viviam na minha rua, Não podiam entrar em festanças Que lá estava o senhor averigua. Nada se podia mexer Sem o homem para nós olhar, Tinha sempre que dizer, E muito que protestar. Não se podia ser criança Nem uma flor apanhar, Que o homem na sua rança Vinha para nos ralhar. Éramos tantos cachopos Na rua sempre a saltar Nas brincadeiras os marotos Fazíamos o homem soprar O Lúcio puxava a corda A Elsa pintava a macacada O Jorge ia de pião na onda Eu marcava a palhaçada Recordo-me do esquisitinho Que andava sempre a implicar, Já morreu o coitadinho, Não o quero incomodar.
Com tantos santos proclamados Porque não, o Santo Esquisito? Ele deve estar junto aos redimidos De auréola deve ter um _ _ _ _ _ _ _ _ (?) .
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