
Cheio e meado - Lizaldo Vieira
Data 18/05/2014 08:22:06 | Tópico: Poemas
| Cheio e meado - Lizaldo Vieira Quem sobreviveu ao sumiço dos dinossauros A formação do gelo Dos continentes Depois dos sete dias úteis Para a criação Tudo Hoje podes Suporta Até ser frango de chocadeira Não importa se tudo é problema Pra nós Ou pro futuro Somos todos incendiários do bombril Ignorabimus o passado de contemplação Ao mau poder instalado Já não temos hora marcada Para caminhar rua Chegamos tudo ao mesmo tempo Convocados pela net Turbilhão em alvoroça Pote cheio Meado até o pescoço Era da erosão Tudo na tora No grito Tufão enlouquecido Mundo sem razão? Desequilíbrio esmerado Canção de boa primavera Não se canta Pois não encanta mais Os céus de anis As novas gerações de opiniões tatuadas Ditam as regras Derrubam tabus Só o tempo servirá de mediador Na interpretação do caos. Instalado nas ruas Duras e cruas A ideia dos limites estourados se espalha Já nem pensamos no melhor Nada vale o quanto pesa O tempo já não tem tempo De se aclamar Tudo vai à onda do mar revolto Na de contemplar o redentor De braços abertos apicuns e favelas Mesmo perto da cerimônia do raiar do novo dia A emoção perene Parece diste da flor da pele Será que já merecemos tantas tempestades de desmistificações Desapontados com a urgência das emergências Pensar no futuro Parece inviável Mesmos que mares e terra Apresentes-nos Sem perspectivas Embora vivenciando os instantes delicados A protagonizarão da camisa de força Dos indivíduos regulados pela contra Mão da mobilidade Da via Crucis social Esperamos em todas as gestações sobrevivam Às tormentas da entronização que o novo tempo rivaliza E protagoniza sem inexpiável mente sã
|
|