
NO OUTONO CAEM as PENAS dos ANJOS
Data 15/01/2008 21:37:12 | Tópico: Poemas -> Amor
| Aamanhã de manhã nós estaremos assassinados livres da responsabildade de viver a vida dói o mundo inteiro dói dentro de mim
Mas morrer é um mergulho num mar de penas do outono dos anjos na vale a pena ninguém de afoga direito sem se afogar entre uma escolta d emulheres-marítimas
E como é que fica teu curativo se o sol é uma ferida aberta na consciência externa?
Um barquinho de papel navega entre os fogos do inferno levando foliões até a saída onde demônios são lânguidos e as almas penadas mascam chiclet's
A noite está aí - negra e absoluta - um açúcar intraduzível no café do absurdo
No outono caem as penas dos anjos - estes lagartos do espírito - e fim
Três ou quatro muralhas desabam sob o vôo do teu amor - e fim
O verso acaba sob o aterrisar dos teus olhos quando das veias abertas saem abutres prateados que acendem estrelas no susto da aparição
(junho 1.980)
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