
declaração de amor à palavra e um poema para os tontos
Data 18/04/2014 21:02:08 | Tópico: Poemas
| Sim, eu sei! Sou maldito neste meu jeito de rasgar a palavra. Trucidá-la para meu deleite e para desgosto dos outros. A palavra oferece-se a mim, assim impudica de coxas abertas, ar lascivo e não resisto. Deixo que ela me monte num gozo inexorável, escravizo-me aos seus devaneios, porém vingo-me ponho-a de 4, sem contemplações, e sim, entro-lhe pela porta dos fundos em “ais” rasgados pela dor de quem me lê. Não a trato mal, dou-lhe um aconchego e viro-a do jeito que ela gosta. Sou assim a modos que o chulo dela, vivo dela e ela vive para mim, só minha, num amplexo de dor e de prazer. Muitos não a compreendem nas posições em que a ponho em kamasutras por inventar, mas eu sei-lhe os segredos e sinto-lhe a humidade do gozo final. Sinto-lhe os gemidos, reteso-me e abarco orgasmos em cachoeira só meus, dirigidos a mim. é minha ainda que oferecida e infiel. E é assim que lhe digo que a amo, não nos compreendem os tontos sem palavra que os aconchegue!
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