
NEM TÃO REAIS, TODOS IGUAIS
Data 11/04/2014 14:05:06 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Da montanha a lenha Do sangue o filho Do sol a luz Do escuro o ensinamento Da estrela o caminho Da mulher a vida
Da estrada a ida Da mão o chegar Do chegar o amar Do mar o aprender Das águas a calma Da curva o trilho
Da subida a descida Do concreto o real Do sonho o abstrato Do ângulo o agudo Do reto o mudo Da asa a liberdade
Do côncavo o verso Do convexo o reverso Da criança o tudo Do amigo o abraço Da fuga o laço Do vento o caminho
Do espaço a criatividade Da letra o livro Da gota a tempestade Do artista o movimento Da serpente o dente Da viola a moda
Fico tonto. Atravesso a sala como um raio de luz, Sem pedir licença, meu coração. E um sorriso pardo e frio me beija E me troco por sapatos e canelas, donzelas e vilãs, Me adoço com o amargo, me azedo com o doce E na minha moda o fim é só o começo.
Me esbarro numa teia, não te dou tempo, o tempo não é meu. Se te quebro em meia, quero duas partes das mesmas iguais Uma que dure por cem anos e a outra por cem séculos a mais.
Uns aos outros...
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