
ESTÁTUA do CIÚME
Data 14/01/2008 16:44:02 | Tópico: Poemas -> Amor
| A estrada nunca é demais para o viajante, deixei a vida escura e solitária das florestas pisando a água de todas as chuvas, e vestido ora de raio adiante de cavalo vasculho o segredo dos lugares cujo fogo é a estátua dos números
Procuro você no silêncio de um amor crescido na solidão dos acordes, observando em você além da beleza a beleza além das formas e das palavras, procuro amando-a além de mim e dos caminhos percorridos, plantando as flores que serão colhidas p'ra você e por você saudadas por beija-flores esteticonovoaçucarados.
Converso com você estando só estando só converso com você acompanhado, entre milhões converso com você, respiro você, beijo-te a foto na carteira a foto na carteira beijo-te desejando como desejam sábios os poderes dos magos, beijo-te, então, banhado pelas tintas do crepúsculo, pelas tintas do crepúsculo beijo-te banhado pois não tenho escolha, escolha não tendo encaro a estátua do ciúme dissolvendo no sal do amor, pois de tanto amor sentido penetro nos véus do amor sonhado e sonhando o sentido do amor desejante desejo sentir mais ainda o amor surpreso, pois é natural e bonito amar-se além da da esperança ou da possibilidade de correspondência, correspondendo-se amor e delírio astral sob o olhar violeta do anjo perfilado na entrada da vegetação sonora do paraíso cujas mãos apertadas no peito guardam a moeda que paga uma eternidade maluca exílio dos engolem pelos poros – amor
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