
À BANALIZAÇÃO DA POESIA
Data 07/04/2014 08:59:49 | Tópico: Poemas -> Crítica
| Ando cá e lá… Sou tanto de desdenho Como sou de incongruência, De minhas múltiplas vontades, Dos meus desejos mais carnais, E já me questiono No supremo abandono, A que votei estes meus passos, Que se eu fora um pouco mais, Do que o que aqui se mutila, Certamente veriam da luz o sobrolho, E do olho a vasta pupila, Que não cabe na vulgaridade, Ou na banalização do facilmente Dedutível. Mas, por outro lado, se sou quem Se omite e representa, Quem é o que se ostenta E vem até mim, de palavra vã, Como num fulgor dado à manhã, Sabendo eu que lá fora, Ainda vai a noite Segura e irreversível? Sim… há aqui muita banalidade, Mais de acomodatício, Veja-se o quanto de falsidade, Em prol de um ambidestrismo! Antes então o que não cala E é frontalmente isento, De qualquer dualidade Ou segundos critérios, Que o sorriso como unguento, Servido em frascos de arsénio.
Jorge Humberto (13/01/2004)
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