
A Voz do Pai - Para Onde Vai a Morte ?
Data 29/03/2014 03:05:40 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
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Foi há tanto tempo que os astros faleceram que já não lembro do sol incerto que ontem em ícones estelares, tantas vezes, destruindo as loucuras (im)previsíveis e eternizando o que no universo é imortal, brilhou! - para rasgo da pele de tantos e perdidos poetas? - desse tanto que era muito mais-do-que tudo há um amor que sobrevive em mérito dum lado cravejado por punhais firmes do teu sangue mais que abastados de transbordantes do teu corpo que foi (e eternamente será) todas as canções do tudo ou nada que eu quero ouvir a queimar toda a vida que me resta para te glorificar orgulho desnecessário de quem te ama em todos os passos titubeantes das conversas surdas e mudas com Deus quando o céu da boca se posiciona minuto a minuto na via-sacra do teu timbre do qual nascia a magia dum templo respirado de borboletas e desde que o sagrado existe talvez mesmo antes do nascimento dos ventos tu que te foste para nunca te ires embora permanecerás em tudo o que há de mais belo por ...que ... nenhum deus dominará o altar de luzes sopradas nas tuas preces tal como apenas tu dominaste em absoluto o dom abençoado do que é mais meu de teu : - A tua voz cantando
(Entre o norte e o sul ao centro da rosa-dos-ventos há um coração que é direcção das tuas escolhas e no qual se agita a questão - para onde vai a morte quando a alma é vida ?)
Ao meu pai , um ano de saudade
Luíz Sommerville Junior , 280320142351 , A Minha Carne É Feita de Livros
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