
A alegria e sempre divertida - LIzaldo
Data 18/03/2014 19:40:49 | Tópico: Poemas
| A elegia é sempre divertida - Lizaldo Vieira Ser feliz é apenas um bom começo O mundo livre É mais divertido Tem ares de poesia Todo apaziguado Gosto mesmo de quem ri a vontade Porque escandalosamente escorchante O viver é melhor vivido Não leva maldade adiante Parece mais amante da liberdade Perdoa as vaidades Gente humana Do bem Por excelência Não vem que não tem Seu desdém Sou vacinado contra o deboche Mantenho-me na linha do tempo Cheio da vitalidade Desavergonhadamente bem humorada Tocando gaitas e bandurreais Na curva do vento Alegrando campos e enseadas Pomares e praças desertas Se achar pouco Também sei colher milho maduro No pé E assar na fogueira de são João Comer farinha com rapadura Se quiser Pode aderir Se servir Faz muito bem aos bons costumes Contra a doença Da deselegância barata Não importa a gafe dos gestos Tome pinga envelhecida cumbuca Mantém a risada desajeita Por Irene O olhar de bufão Não faz a menor diferença Por amor a vida Não perco a crença Tampouco provoco desavença Pouco importa a ingratidão de pamonhas Ou mesmo a ofensa da poeira do esgoto Pra felicidade do avarento Até tem olhar firme Para o tempo Das piadas com mau gosto Sou vacinado O dia tá sempre bonito Mesmo enfarruscado Gosto do bom humor É chato não ser feliz Divertido Por vezes gaiato Gosto das expressões do bom viver Da cordialidade É tudo bendito E sagrado Na faz sentido a desavença Para quem sabe ignorar a coisa arrastada Rasteira Aquele monte de besteira Sou acostumado a fazer do pingo Um pote d’água Buscado na fonte do velho lagartixo Tudo é tão natural Catar Araçá madura E degustar mansamente Já é possível trocar lixo por dinheiro O luxo vem do nada O meu bom humor Estará sempre em alta Não fazendo sentido A pieguice barata E maledicente Dos caducos Até o bizarro bufão Está em alta Apostadores da grande dor Do fracasso do cão Vira lata Que tem nome de peixe Só que é bom vigia E exímio caçador Para os chato de galocha Tem apenas um remédio Se conformar com a felicidade alheia
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