
VÃOS VAGIDOS
Data 12/01/2008 02:06:44 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Sinto uma tristeza destituída De toda vontade suicida; Tenho vontade de muito viver Ou de nunca ter tido vida; Porque, uma vez tendo eu nascido, Minha vida ama à Vida E eu não sei o que fazer da vida. Essa água sem sabor Terá valor ? Ingiro-a como um castigo, Como um prêmio, ou, quem sabe, Como um delírio ?
II Minha mente vibra em padrões. Seus padrões eu sinto pensamentos: Ter pensamentos me agrada, mas Pensamentos são apenas padrões. E eu, o que sou, o que me agrada, Para além dos agrados padronizados ? III Sou máquina de tempo e vida, Um brinquedo posto a andar; Que faz o que foi feito para fazer, Mas longe bastante de saber por quê; E se diz: “Não há porquê. O porquê é o Prazer”. Porém o Prazer, tão variável, Tão discutível sentir, O Prazer, tão impalpável, Será mais que maneira de mentir ?
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