
ENTRE LINHAS
Data 16/03/2014 05:24:48 | Tópico: Poemas
| Nas entre linhas Acolho-te em segredo, O proibido sem medo Em melodiosas E perfumadas linhas Te tenho letras, Silabas, Palavras Vertendo a saudade... No mais puro medo de perder-te No teu deixar de existir.
Rasgo o ventre do poema Esvaindo entre os dedos Num papel vermelho Onde choro as lágrimas-sangrias Notívaga-sintonia...
Rasgando o papel-poema Com o fio navalhado Que meus pulsos invadem Me vejo num melodioso medo-proibido-segredo, Onde dum risco Se faz uma frase Na incomplectude de um poema inacabado...
Em meu vale de cristais Te faço meu diamante De primeir'água Sinta-se de todo amado Pois, comparado Com o que fica para trás E o que jaz, Com o amor que está dentro de nós Um não dizer que dói...
Me alimento de cada risco que caem Dos teus dedos na tela que pinta A cor da paisagem de saudade Que me invade a alma Por ti dedilhada.
És tangente vestida De mim letra-por-letra És meu jeito de sentir-te És meu tudo, Meu nada sei... Meu deserto de mim... Minha letras vertida Nas lágrimas do teu ir Nas entrelinhas do meu existir És o meu sentido porvir.
Faltam-te pés para viajar? Viaja dentro de ti mesmo, e reflete, como a mina de rubis, os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzirá a teu ser, transmutará teu pó em ouro puro.
_______ Rumi
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