
A D. José Policarpo - Patriarca de Lisboa -
Data 14/03/2014 00:06:11 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Aos 13 dias do Mês de Março do Ano de Nosso Senhor de 2014 na Catedral de LISBOA:
Entro! Cheira a Morte! Impávida. Serena. Bucólica. Permanente. Repousa num regaço! E há no espaço um corte! Em mim algo se rasga! Algo se pressente! Tudo chora ... Que cansaço! Até Cristo no Altar se apavora, se ressente. Tudo estático! Tão frio! Há um morto na Sé! Lívida dor em permanência ... Infinita solidão. Preto. Luto. Abandono... Morreu D. José!!! Rezai ó Povo, rezai! Salmos e Orações ... Que partiu hoje vosso PAI! Cheira a morte! E no vem e vai, foi Sua Eminência, partiu o Cardeal ... Ó Morte, e o que será agora deste pobre Portugal?!! Sem a mente Espiritual de um Homem tão diferente?!! Pobre Cardeal. Tão triste. Tão mal... No altar, uma toalha, um anel, um chapéu, uma vela ... Está exposto o Cardeal!!! Que triste quadro! Que pobre tela! Absorto! Foi a velar! Sua Eminência, o desvalido, está morto! Senhor! Tomai a sua Alma. Que Nós, seu corpo sepultamos. Recebei hoje da Sé a Viva Chama de Sua Eminência o Cardeal, Patriarca D. José!
Ricardo Louro - Junto ao ataúde do Patriarca D. José - (Lisboa)
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