
POETA VIV AZ EM COPACABANA
Data 04/03/2014 15:00:35 | Tópico: Textos
| POETA VIVAZ EM COPACABANA (Jairo Nunes Bezerra)
Mais uma noite se foi abrindo caminho para os raios solares, que radiosos banham todo espaço. Beneficio-me deles expondo- me à sua frente. As águas do mar, hoje, figuram mais azuladas e as suas ondas castigam a areia, expulsando-me de sua aproximação. Distanciado, continuo embevecido ante esse fenômeno que reina diariamente atraindo centenas de pessoas que fogem da solidão. O espaço em pouco tempo virou jardim abrigando rosas de biquínis verdadeiras atrações sensuais. Um calor intenso, diferente, ativa os meus desejos. E as sereias, juntas, sorridentes, ignoram a minha presença. E cabisbaixo afasto-me daquela perdição que altera o meu comportamento. Sento-me no primeiro banco visível em Copacabana. Nele permaneço por horas e meu olhar tristonho vislumbra à tarde que também se aproxima. Jovens da prostituição à busca de amor que alimente a sua ambição pecuniária ilustra à minha proximidade. Não as visiono. Elas tornaram-se atração rotineira. Procuro o próximo bar, refugio no vinho seco, onde degusto tira gosto, queijo do reino e pão fatiado. São providências usuais, que fazem-me feliz. Logo mais, no meu apartamento beira-mar, recordarei daqueles instantes que me proporcionaram melhor vivência e desejos prolongados.
Chegou a noite!...
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