
Testamento Amoroso
Data 26/02/2014 17:33:40 | Tópico: Poemas
| Testamento Amoroso
CA Paulon
Nem são muitos os meus amores Mas são fortes e deles me recordo. Na infância, datam amores caseiros: Vovó Dadá, tia Lili, amiga Leni, os principais.
Nas brincadeiras foi a Isa de pêra ou uva. Pouco mais além, amei Nali também. Adolescente amei Lia, a grande paixão. Depois amei Teresa até o casamento. Doloroso mas necessário o primeiro divórcio Regina me trouxe alento e renovado estímulo. Mas foi Silvia a violenta paixão adulta, adorada. E Ida uma querida renovação juvenil.
E outra Lia, me trouxe a vida, a ser vivida Com a lembrança querida de sete mulheres amadas E que assim foram, são e sempre serão Queiram elas ou não. Um outro equivocado casamento mas com divórcio de alento Mostrou que me havia tempo e espaço amoroso Para concluir meu primeiro testamento, No qual caberiam importantes paixões passageiras E amores inconclusos: Marilza, Gisa, Lisia, Todas vividas em feliz passado, mas à limpo presentes, Amadas, também, queiram ou não.
Meu inventário, talvez ainda provisório, Provavelmente concluído, me contém Tetê, Que, sendo o meu presente, é síntese do meu espólio, Minha parceira achada, minha mulher amada, outra vida. Uma vida amorosamente dividida, com duas outras mulheres Que meu passado legou: minhas queridas filhas Carolina e Mariana, Acrescentando Maria neta, como Teresa última nascida.
À todas e tantas mulheres amadas, agradeço por as ter amado E com elas aprendido o que fui capaz de entender e dar fé, Até o ano da graça de 2013, dado e passado.
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