
Vida que segue - complicada – Lizaldo Vieira
Data 01/01/2014 23:54:28 | Tópico: Poemas
| Vida que segue - complicada – Lizaldo Vieira Quem disse que as promessas de dias melhores Vão acontecer Não pra mim Nem pra você Tudo não passa de desejos oportunistas Dessas festas mundanas de fim ano Troco tudo por eleitor venal O saco de cimento A sacola de esmola O trocado do gás A pinga que acalma os nervos É muito complicado O dei afete Ver o dia de o novo acordar Sem cânticos de pássaros As árvores não existem mais As mesmas mazelas da humanidade Só se avolumam Como se nada tivesse jeito de mudar Na vida da comunidade Também continuamos no faz de contas Que o respeito ao próximo Vai melhorar Pura conversa de Trancoso Fiz o teste pessoal Queria saber O que funciona Ou não Na pós virada de ano.. Como estava o funcionamento dos serviços básicos da cidade O posto de saúde do bairro Pra variar Continua o mesmo de sempre Péssimo As ruas barulhentas Mesmo no clima de cansaço bem latente Apesar do comercio fechado Praças e esquinas Todas tomada pelo lixo e o esgoto á céu aberto O som do automóvel UM INFERNO Funcionando no volume insuportável Em cada esquina Uma turma de bebum mal criada Se esmera no exagero da cachaça Aqui Acolá Um caminhar sem fim De transeuntes trôpegos Falando Nada como nada No meio da rua Um atropelo Deixa gente ferida ao chão E tomo chamamento de assistência Que demora pra caramba Uma eternidade Na fila da urgência Pacientes esperneiam Falam mal e brigam a bedel A ausência do médico e do medicamento Deus acuda dos maus governantes DE plantão Essa coisa rum A plebe não deseja Ruim se estiver sozinho Sem parentes nem aderentes Aí A elucubração não terá fim Será de pior a pior No tempo de seca Magro e nu na área Sede d'água Mais ainda de justiça Clamamos pela solidariedade E muita ternura entre os povos Pagãos de amor Aqui Acolá Ou alhures Não quer andar de pevet Aconselho pegar o trem das onze.
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