
A maldita pinga
Data 21/12/2013 18:57:47 | Tópico: Poemas
| A maldita pinga (Mauro Leal)
Aos sábados como de costume, bem cedinho "seu" zé besteira saia para as modas apreciar e passando no comércio, quis pro almoço, uma surpresa à dona "encrenca", à sua promessa pagar.
Passou a mão num baita frangão e mandou pesar e retornou feliz ao aconchegante lar, mas ao chegar na traumática esquina ajuntou-se à turma da pinga e entre as conversas perdidas, passaram a enaltecer a vitória do "MENGÃO sobre o FURAÇÃO", e nas lembranças das jogadas mais lindas, começou a esvaziar o tubo da "pinga" e quando chegaram no momento que a primeira rede balançou, pelo gargalo água ardente goela adentro entornou.
As horas passavam e na pinguça birosca mais e mais fanáticos "papudinhos" chegavam, até que a fanfarra chegou no lindo e liquidador golaço do "brocador", aí a calçada hilária em abraços as palavras cruzavam, e "zé besteira" a esta altura agarrado a "mamadeira do cão", pelas paredes equilibrava-se, chorava e aos gritos de "mengão é o bom, mengão é bom, mengão é o bom", a "franga" soltava e a desgraça da ypióca secava. já tardinha, quando debruçou-se e amparando-se na mesa de bilhar, deparando-se cara a cara com o frangão que já estava em decomposição, assustando-se e rapidamente sob seu sovaco o dito cujo vencido, acomodou e pela rua foi-se com as calças perdendo, trocadilhando, pés inchados trocando e cavaco catando, enquanto sua patroa com a farofa, o arroz e a garganta nervosa a bufar o aguardava pra o bicho soltar e sobre seu lombo o cacete novamente quebrar.
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