
... toiro de sangue
Data 06/01/2008 11:18:43 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Cinemascópios vazios projectam filmes provectos. Entre dois versos, fuma-se um cigarro de luz, enquanto o parágrafo morre sem ainda ter sido escrito.
Agora sou frio. Amparo o grito e sou tempestade abolinada pelas noites do teu silêncio.
Agora sou sudário, espargindo em nebulosas e ventos o toiro de sangue a espumar morto na arena, sendo viagem anunciada nas linhas da tua mão, nas latitudes em declínio e no segredo do teu ventre, cigano errante, asceta fustigando pegos e abismos-mundos em transatlânticos de chumbo.
Agora somos prelúdios e rimos de sermos nós mesmos pólvora incendiada nos olhos da escuridão.
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