
Imperfeit'arte de te amar... sempiterno
Data 06/12/2013 18:47:54 | Tópico: Poemas -> Amor
| Penduro a alma no varal da (in)certeza E o que na vida seria certeza Além do fenerger d'matéria esmaída??? E faço do teu dedilhar a mais perfeit'arte... Num subúrbio do mar de lágrimas ... a desfilar no abismo sem face No olhar.
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Onde as brumas a sabor do vento Exprimem os meus melhores sentimentos.
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Numa semblante tela lindamente pintada Num talho discreto E sereno sedutor desejo... Num beijo dado e jamais esquecido.
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Mistério cercado de noite No resplandecer do solstício de dias No inverso do ser, desdobrando ...em fases...
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Na gruta misteriosa que se mescla Num misto de amor e magia De prazer e agonia De ter-te-tido e jamais esquecido.
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N'alma acrescida com o mel da terra Num desperto desabrochar em flor Onde predomina a imperfeit'arte De amar transbordante.
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Pétalas espalhadas pelo vento Que representavam os subterfúgios Tragados por tua post-umidade... Num'arte inexistente de viver Magia dos dias e noites acolhidas D'um afeto e afago-abraço.
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Representados pelo simbolismo Reverenciado do existir... Da primavera que é a mais lind'arte Que a natureza nos presenteia Num fechar as pestanas Das cidadela dos sonhos.
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Nas ruelas de um sub'existir sem ti... Sem ao menos ter o direito Do aplauso das marquises dignas... Nas lágrimas velhinhas de um existir Com a mais imperfeit'arte que é o AMAR Na plenitude do ser O ápice do amor foi a dimenssão da dor.
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Nas pétalas que caem em formam Da forma mais imperfeit'arte Formam teu nome na lápide gélida.
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Que se danem os aplausos da multidão Será que ela existe??? Numa postula ruga de um envelhecer feliz Não me incomoda se as cicatrizes De uma vida aprendiz.
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Que minhas pálpebras se fechem Depois de um legado deixado Nos traços dos meus versos Grafitados no universo Que hoje são destronados.
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Mas, jamais apagados pela crueldade humana... Em letras bordadas em fios de ouro... Lapidadas pelo diamante Em lágrimas torrenciais Somente pra deixar escrito Ou sub'escrito um legado Do eterno amor transbordado na dor.
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Do teu sempreterno existir em mim... Num deâmbular dos meus versos insólitos e concretos... Te reverencio e te digo És sim, arte escrita e inventada mas sim, és arte Nas reticências do meu existir Eterno és em mim.
Ray Nascimento

PALAVRAS NÃO EXISTE EM DICIONÁRIOS (somente em dicionários de loucos)
ESMAÍDA - morta, sem vida (MEU SER VESTIDO COM O MANTO DO LUTO).
FENERGER - que significa a morte extrema d'alma pelo luto que grita no silêncio das suas reticências palavras (verbos) sei lá, inventada por mim para demonstra a intensidade da minha dor.
ESTE POEMA É DEIDACO AO MEU AMORZÃO SEMPRETERNO (IN MEMORIAN) - O VÍDEO É A MÚSICA QUE ELE MAIS AMAVA E EU TAMBÉM AMO.
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