
Envenenando no peito uma voz de amor
Data 14/12/2013 00:19:41 | Tópico: Poemas
| Cinzas desprovidas de vida, que seriam apenas pó jamais poderiam sair da alma, sob paixões bradar; sequer transcendendo num rompante, poderia só dar-me a conhecer paixões sob a prata do luar .
Vocês esqueceram que grisalhos estão meus cabelos, sob o cansaço da alma, a chama não pode ser vista num coração que quando jovem, jejuava dos apelos, feroz uivo da tempestade, desdenhando satirista .
Quando ao som do mar profundo cala o trovão feroz, fazendo ali amainadas as ondas do ritmo mais bruto, através dos céus, entre nuvens, pode-se ouvir a voz.
A esse som das venturas não me é permitido acessar; então, não seria culpado mantendo estes trajes de luto: decerto, uma voz de amor poderia este peito envenenar.
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