
A cura (para o que sobrou do Milton Filho)
Data 15/11/2013 00:30:58 | Tópico: Poemas
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A cura (para o que sobrou do Milton Filho)
Vou fatiá-lo, Milton, até à invisibilidade dos átomos, Até que se torne apenas uma remota probabilidade.
Vou ajudá-lo, Milton, a encontrar a morte e, Não descansarei, não o deixarei em paz Até que você se depare com o teu fugidio ser.
Vou arrancar as tuas máscaras, uma e depois a outra, Até chegar na medula do teu legítimo pensamento. Inverterei minha misericórdia, Por isso te serei o mais cruel possível. Vai doer, devo avisar para que não racionalize na surpresa.
Vou expulsá-lo desse corpo, Você o vilipendiou muito acima do permitido. E mostrarei a pessoa execrável que o habita.
Para você será guerra hedionda resvalando para a covardia, Mas para Mim, senhor das coisas improváveis, Será apenas uma simples cirurgia, Uma plástica profunda, se assim preferir.
É chegado o tempo da urgência E o meu bisturi irá separar a tua flamejante hipocrisia.
Eu sou o médico cirurgião de tua alma sofrida E sou aquele que sofre em tuas lágrimas, Sou aquele que vive em tua miserável vida.
Os céus ouviram o teu apelo.
Iogananda 13.11.2013
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