
A verdade em cinco sentidos
Data 02/12/2006 23:16:55 | Tópico: Poemas
| O som segue pelo canal auditivo de forma lânguida e dengosa serpenteando, enrolando em modo marcadamente esquivo com uma discrição melodiosa que suavemente vai embalando a memória de um sentimento altivo em acção permanente e buliçosa que se vai domando. A suavidade que se sente pela pele com o toque sempre lento de uma vontade de ter um gosto de mel que se vai distribuido ao vento em jeito de se oferecer, em jeito de prazer que impele a um gesto sem tento cheio de improviso de viver. O sabor que repassa a língua que se entranha nas entranhas do sentido agradável do paladar, do que acusa toda a míngua resultante de todas as manhas que de tão ímpias, fazem chorar o céu, sol e a lua por degustações estranhas e satisfações de ralar. O segredo do cheiro que penetra condicionando a direcção e o sentido do caminho que se toma à letra seguindo sem condição um pastor sem colarinho mas que segue e adentra por traçado que não está no chão e que só o deixa ir sozinho. E o que se vê é igual ao espelho que reflete, que diz que esquerdo é direito e que o que não é natural facilmente se compromete sem reverência ou respeito pela regra fundamental, em atitude de frete saída de fora do peito.
Valdevinoxis
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