
Indelével
Data 20/10/2013 15:39:18 | Tópico: Sonetos
| Dos sonhos meus se faz ausente o improvável Pelo o sereno em declínio na madrugada fria Orvalhando a natureza de um tempo indelével Em que pensar-te em silêncio era pura poesia
Pois despertam os sentidos sem saber que é cruel O olhar que então errôneo vaga vazio em sintonia Em direção ao que desvia, tornando a alma infiel Aos esboços de um futuro que morre em agonia
Chora o céu pela saudade que já não dói à rima Pois de mim jamais me perdi. Tudo ainda existe Na história da loucura de um passado sem clima
Ofuscado pelo brilho do presente que não estima Perdido pela razão infantil que sem força resiste Ao coração que o enlevo, apenas a melodia aproxima
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