
O Mar de Sangue
Data 30/09/2013 21:31:31 | Tópico: Poemas
| Durante a formação do reino de Portugal Que se passou há já quase novecentos anos Ouve lendas e ditados que ficaram na história E outros que nunca passaram de enganos. Um dos que eu mais gosto de contar É o do milagre dos campos de Ourique Que sucedeu ao nosso primeiro rei E que sempre na história fique. Passou-se assim como vou contar Esta lenda tão linda Que apesar de ser tão antiga Niguem a esqueceu ainda. Afonso Henriques que era Conde Portucalense e cavaleiro Resolveu dar batalha em Ourique Aonde chegou primeiro. Os adversários eram bastantes Ricos, fortes e poderosos As famílias dos Almoravids Bem bravos e corajosos. Mas Dom Afonso não tinha medo Este era o fidalgo que desafiava O líder dos seus inimígos Para ver se o encravava. Ele punha-se em frente das suas tropas E chamava o seu oponente para duelo Para evitar derramar o sangue dos seus homens E tambem assim para bate-lo. Ao chegar aos campos de Ourique A notícia chegou aos seus ouvidos Que as forças dos mouros eram muito superiores E que os cristãos já estavam vencidos. Na noite anterior á batalha O Conde teve uma visão Em que lhe apareceu São Tiago E Jesus Cristo de espada na mão. De ver tão altas divindades Muito emocionado ficou E durante a aparição Foi Jesus que lhe falou: “Senhor Conde o senhor vai Ganhar uma batalha gloriosa Que vai ficar gravada na história E será para sempre famosa. Escute o que Eu lhe vou dizer E não quero que o senhor se zangue Pois amanhã vou lhe mostrar Um mar pintado a sangue.” Dom Afonso ficou convencido Que a vitória ia ser sua Mesmo sem ter bem percebido Ajoelhou-se á luz da lua. Ainda de noite deu ordens Que as notícias fossem espalhadas Pelos exércitos dos mouros E para serem bem trabalhadas. De manhãzinha bem cedo Ainda o céu do leste estava lilaz Formou os seus soldados em fila E po-los a marchar para trás. Os Emirs dos mouros confusos Decidiram em perseguir Aquele cristão meio maluco Que agora tentava fugir. Com metade do seu exército Ficaram brancos de exangue Quando de um monte avistaram Os Portugueses a atravessar um mar de sangue. Supersticiosos e cheios de medo Os mouros retiraram-se em grande algazarra A fugirem dos Portugueses E daquela visão tão bizarra. O Conde virou os seus homens Naquele sanguíneo mar Naquele campo de papoilas Que a briza estava a ondular. Com os inmígos em fuga Foram facimente derrotados Mortos de várias maneiras Estripados e decapitados. A morte dos principes mouros Foi uma coisa exemplar Degolados em frente aos seus homens Para na memória ficar. Os cinco principes foram homenageados Com uma honra imortal Ficaram para sempre as cinco quinas Da bandeira de Portugal. Foi assim que o Conde ordenou E a palvra dele era lei Depois que a batalha ganhou Logo aí se declarou Rei.
[i]Esta lenda é ficção, desde que não existe nehum documento histórico que descreva a batalha de Ourique, e até há historiadores que digam que a própria batalha foi lenda. Não há acordo, entre os sabedores e comentadores da nossa história, do local exato aonde a famosa batalha tenha sido contestada, e por isso foi relegada a lenda. Por minha parte, eu desejei dar-lhe um toque romantico para que o passado seja um pouco mais alegre. Francisco Letras
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É bom conhecer o passado, mesmo que não seja verdade
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