
Saudades de Rio Pardo
Data 20/09/2013 20:08:15 | Tópico: Poemas
| Saudades de Rio Pardo Ah! – que saudades eu tenho Da princesa do Jacuí, Dos banhados, das folias, Saudades das pescarias Saudades do irmão Erli.
Saudades de todos os irmãos Reunidos em acampamento, Do Rui, do Moita e do Ney Do Otaviano, cozinheiro rei E, de todos os peçonhentos.
Ah! Otaviano, que saudades, De voltar lá da lagoa Sujo e todo molhado, Faminto e preocupado Em comer tua comida boa.
Ainda sinto o cheirinho Daquele “muçum refogado”; Cada um tinha seu quinhão, O Pedro, o Ivo o Juarez e o Bastião Mas o Waldemar o tinha dobrado.
Que saudades das noitinhas, Do vinho e da canção Das vozes em serenata ecoando no meio da mata; Saudades do violão.
Saudades dos contos e causos Nas rodas de chimarrão; Da canha de guampa, da carne assada, Do arroz carreteiro, da ceva gelada Que misturavam prazer e emoção.
Sinto uma saudade imensa Do verde campo do manso regato, da lagoa azulada ... da passarada, que em prelúdio da alvorada, quebravam o silêncio do mato.
Sinto saudades de tudo quando me lembro dali só não tenho saudades da “cruzeira”, sem piedade que picou o parceiro Erli.
Saudade é sentimento Do fundo do coração É relembrar o passado reviver, sonhando acordado com novo encontro, em outra ocasião.
Maximo Enio da Silva
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