
Paixão em desvario
Data 17/09/2013 14:06:26 | Tópico: Poemas -> Paixão
| Os dias sempre iguais, Desfaleciam tristes nos ocasos da vida, Numa monotonia de desalento da alma! O sol tinha a opacidade da sua tristeza, O luar, mortiço, esmorecia o seu sentir, Navegava em suplício por águas turvas, Submergindo nas profundas dores do seu viver! Mas...Um dia... Tudo mudou, quando ela surgiu, Numa simbiose de esplendor e simplicidade E a sua alma antes desalentada, alegrou-se, O sorriso dela era como o sol no seu apogeu, Dos seus belos olhos esverdeados, fez-se luar O coração dele, antes esmorecido, vibrava de emoção Emergiu das profundezas do desencanto, Toda a sua amorfa essência, resplandecia! Ela sorriu-lhe, ele sorriu-lhe Por encanto, ou capricho do destino, Na celeridade do tempo, nascia uma paixão intensa Lava incandescente do vulcão do amor!
A cada dia mais forte e delirante Era essa louca e deliciosa paixão, Que os levava por céus de volúpia, Em constantes voos de prazer Nas asas de excitante êxtase! Sôfregos de desejo, Entregavam-se em amplexos de desvario, Beijos delirantes longos, De onde brotava doce néctar No impetuoso conflito de línguas! Seios hirtos, ansiosos, excitados, Cediam à pressão do peito do amante, Que avassalador apertava a sua amada... ...E a cópula consomou-se, em delirante prazer, Onde os sentidos se perderam nas emoções De uma sublime e louca paixão.
José Carlos Moutinho
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