
DAS IGNORÂNCIAS IGNORADAS
Data 25/08/2013 23:20:26 | Tópico: Poemas
| Ignoro o que adentra e adoro. Fecho os olhos, canto. No canto, apenas a voz, a mão, a saia, a foz: tudo antes que eu desmaia.
Um claro enigma, uma coisa absurda, e eu sempre quase surda para o que ainda anda dentro e dentro de mim, o avesso de mim, sim, sim.
Não. Não. Isso deve ter cheiro, deve ter choro, deve lamber o céu da boca, deve ser eu louca, deve ser.
De costas, estou de frente. De frente, estou do lado de fora e já fui embora, e já fui para o limiar que morre, que vive no fogo, no jogo do meu quase olhar.
Jogo a pele no chão, a palavra no bolso, o moço no porão.
De amor, só quero mesmo a mais frágil recordação, a mais tênue vontade posto que tudo que durou, ainda arde.
Karla Bardanza
Copyright © 2013 Karla Bardanza
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