
MAIS CATARRO, DE SEU QUERIDO BEM QUERER
Data 25/08/2013 17:33:00 | Tópico: Poemas
| (Jádison Coelho)
Tenho aqui, bem aqui, catarro que enrosca na minha goela, catarro que rumino no vai e vem, catarrárrárrárrárro que em meio tanta saliva, por pouco irrita! Catarro, seu eremita, pronto para fazer reunido catarrárrá-rárrá-rárro numa cusparada só projetada no teu nariz, nos teus olhos bentos, na tua boca que confunde eu com qualquer outro orifício de dejetos mal cheirosos. E antes fosse isso, seria isso aquilo que pelo menos serve de adubo e nem se compararia ao meu catarro, um instrumento de excreção de tanta pureza que pra mim de ti foi ofertada com o labor da sua mais nobre inTENSÃO de me revirar ao quadrado para tornar-me à sua maneira tola de dizer: Oh! Veja-me nas roupas nobres por serem simples, veja-me no belo porte que exclui um escarcéu o quão gosto eu de rolas, eis aqui o que não cabe à nenhuma moça: a minha mor sorte! Hum, mas não, eu escarro e sujo todo o teu tecido alvo com o meu catarro no alvo das tuas vergonhas e até escarrárrárrárrárro na face de um tal clássico isolado, e beijo o rosto do teu Cristo, e apesar dum pouco de você eu gostar, assim como sei que dum pouco de mim a ti é um agrado, tu por mim três vezes é negado, mesmo que agora confesso-te admitindo ser eu feito barata: que te catarra, que te beija, que te escarra, que te morde, te catarrárrárrárrárra e depois, assopro-te. Então, bem feito pra ti, eremitão, que saíste do teu esconderijo do teu deserto para se relacionar logo com quem (?): comigo, Seu Querido Bem Querer! Pra não mandar todo o mundo pra...
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