
Que a esperança anoiteça e tmbém amanheça
Data 05/07/2013 23:53:02 | Tópico: Poemas
| Que a Esperança anoiteça e também amanheça
LIZALDO VIEIRA
Tudo é gaia Até minha fala E gente nordestina Que com mãos grossas A tudo suporta Vem dela Tudo é dela O sopro da vida O suor da lida O vento O sol forte e lento A mão que acaricia A brisa O calor A chuva A nuvem A beleza das flores Paisagens Floresta Bicharada em festa Enfim É o cio O vicia de amor Até o amanhecer E anoitecer Até os confins Saudemos ela Sem controle Nem pudor Conjuguemos por demais O verbo Amar o amor Nossa mãe terra A alegria A magia do ser vivo O Indivíduo inanimado O sopro O colosso O alimento A vida Você que é filho do mesmo útero Que não tem outra mãe Nem onde ficar Vive do que produz a superfície O solo O subsolo A água O ar E em der redor Demos a mão pra ir em frente A mãe doente Já pede socorro Viver a vida por aqui Não é mais viver Vida repleta Está poluída Queimada Devastada Arruinada Fedida Gaia reclama com razão A dor do parto Por filho ingrato Que não a ama Sem compaixão Você que dorme E como Consome suas entranhas Suas águas Tuas nascentes Teus bichos E Plantas Sente o ar fresco O aroma das matas A água mais pura Nas doces cascatas Deslizando no rosto Não tem desgosto Dos rios e oceanos entupidos Fedidos de lodo Esgoto É pau e pedra em todo lugar É o fim do caminho Como chegar Onde respirar Ar puro tá caro Só embalado Terra fértil Terra farta Terra sadia Prometida Mundo pequeno Abandonado Devastado Mundo veneno Nesse seu dia Mais que poesia Queremos providencias Sou um a mais na constelação A defender meu latifúndio Meu velho mundo Dou-lhe a mão Vamos sair desse lugar Pra onde fugir Meu lugar é aqui Nossas vidas coexistem Quero ver-te preservado Sobre aplausos perenes Do sol nosso De cada dia Não zombar desse berço Nosso leito Será tudo legitimado Desde quando O que acontecer com ele Consequentemente Todos serão atingidos Do mundo em agonia Em No doido viver Desarmonia
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