
Não Me Roubem à Lua
Data 01/06/2013 17:23:08 | Tópico: Poemas -> Amor
| Não me roubem à Lua Das noites frias e escuras Noite dos poetas e enamorados Ao brilho de seu luar cálido
Sem lua, sou uma terra nua Sou fria, sombria e sem penumbra Não tenho face, e nem suas fases Nem me permitem como poeta, fazer versos
Só, à lua cor de prata, clareia a terra Clareia suas matas, salpicando estrelas Nas águas, dos rios e dos lagos Fazendo nos mares, inspirações incontáveis
Não me roubem à Lua Que clareia caindo suave e lânguida Nas montanhas, nos prados, nas praias, Deixando seu rastro, de prata espalhado
Dando abrigo aos notívagos Que andam pelas cidades, Nas noites caladas e furtivas Dando a vida, energia e puberdade
Que seria de mim, sem ti? Se lha roubassem de mim, Se me tomassem à face tua, Que no alto céu, flutua?
Sendo a noite muito escura A vida perderia a magia Os poetas a sua musa E a abóboda celeste nua seria
A lua tem suas estórias Contadas em versos, Contadas em prosas Em noites de conversas calorosas
Onde esconder-se-ia à penumbra Que nos acolhe, protege, esconde Podermos viver o amor proibido Que, só à noite nos é permitido
Não me roubem à lua Deixai-a esplendidamente Mostrar a sua exuberância Soberana, nas alturas
Deixem-na no firmamento Pra ser olhada, querida e amada É lá seu lugar por direito adquirido Por todos olhares, ser observada
Quem não tem estórias a contar Vividas em noites de luar A espera do novo dia, raiar Vendo lentamente a lua desaparecer
Quanto de nossas vidas testemunhou Dos encontros furtivos apaixonados Dos serões nas varandas animados Perpetuados pelos poetas do passado
Não nos roubem à lua Há poetas e poetisas no presente Que não lhe fizeram versos suficientes Pois a lua é alma do trovador
Não me roubem a lua Pois não teria o que fazer A noite seria muito escura E nós poetas, precisamos da Lua pra viver
Fadinha
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