MÃE
Que posso dizer de ti...! Como posso neste momento de reflexão trazer a esta branca folha estas poucas palavras, tão mal traçadas, que em nada dizem toda tua grandiosidade. ...Por alguns minutos naveguei na inspiração poética e deixei-me levar pelas lembranças de criança... e quantas vezes em teu colo – mãe, acolheste-me e - em minha fome, dos teus seios miraculosos o leite da vida sorvi. Quantas vezes, querida, embalaste à alta noite o meu berço e como guardiã superaste o teu sono para que o meu chegasse. ...E em tuas mãos, mãe, quantas vezes, encontrei seguro refúgio, quando nos passos primeiros tentei chegar aos teus braços que ansiosos esperavam para proteger-me. Hoje uma lágrima reveste os meus olhos ao recordar que em inúmeros momentos, entre lágrimas solícitas, mãe, absorveste a minha dor, quando sobre o meu berço vias o meu corpo pequenino debilitado pela doença... Não me perguntes a razão de rememorar - hoje, estas reminiscências... “Talvez a minha alma veja nesta alva página, manchada por estas pobres palavras, teu retrato, minha MÃE”.
(Autor do poema: Jadson Simões)

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