
Giselda, minha galinha
Data 04/04/2013 22:12:04 | Tópico: Poemas
| A galinha que virou canja
Giselda, ainda era uma franga quando eu trouxe para cá Com uma prima, e um galo, soltei-a no meu quintal Lá ela comia as formigas e o matinho que brotava Fora os grãos de milho seco que pra ela eu jogava
Meu filho pequenino a olhava encantado E com seus passos pequenos a seguia para todo lado E no quintal, a Giselda, andando devagarinho, Ciscava pra lá e pra cá comendo muitos bichinhos
A Giselda punha ovos, mas não conseguia chocar Só uma vez nasceram dois pintos que não conseguiram viver Os demais ovos, confesso, resolvi aproveitar. Foram usados na cozinha, os peguei para comer.
A Giselda engordou, eu me lembro, coitadinha... Minha esposa a olhou e a quis lá na cozinha Não teve negociação, outra saida não tinha Com quanta pena eu fiquei daquela pobre galinha
Alí ficou decidido o destino da Giselda Que provou ser boa galinha até mesmo na panela. Foi assim que a Giselda desapareceu de cena Daquela galinha simpática só sobrou um monte de penas.
E o Samuca já grandinho, que o desenlace não viu Comeu um pouco da canja, e então é que descobriu Que a galinha Giselda, aquela presença constante Estava agora no prato, e ele gostava bastante.
Giselda, pobre galinha que andava sempre a ciscar Quem nunca teve galinha não consegue avaliar Como é gostosa a canja, e o cozido de galinha. (Eu ainda tenho penas da Giselda, coitadinha)
PS.: As penas que eu tenho são as que transformei em bóias, para pesca de corimbas.
|
|