
RIO
Data 16/03/2013 22:51:45 | Tópico: Poemas
| Contemplo o Rio Douro, séculos de água a deslizar A caminho do mar, sonho e pesadelo de multidões Que criaram laços com a água opaca, às vezes verde Outras vezes castanha, das terras que traz consigo
Fico a olhar as cores vivas do casario velho em cascata Uma travessia diáfana pela estrada líquida, inquieta Com vontade de navegar e ir nessa corrente determinada Tocar o mar, e olhar para a profundeza deslumbrante
Desprendo-me do cais e vou com a brisa fria, como gaivota Na luz do sol descendente do fim da tarde, na magia do lilás Ouvindo as vozes sonoras de outrora, no pulsar das águas!
O barulho das naus, o espalhafato das suas velas endemoninhadas O avanço solitário de cada um, olhando em frente a vida O caminho incerto, das tempestades e das fulgências do amanhã Março
|
|