.

O fio dessa meada
já há muito
emaranhada,
é preciso estudar.
Objetivamente.
Tornar a mente objeto
de guardar no bolso
e adivinhá-la.
É no bolso do meu corpo
que essa mente deve estar.
Se dentro de mim, eu entrar
hei de achá-la, antes coisa.
Quando entraram em si,
os psicólogos de outrora,
encontraram,
absurdamente,
nada objetiva.
Daí, então,
munidos de introspecção,
cada um com seu jargão.
Eu vou na estrutura!
Eu vou na função!
Dualismo na veia,
equação cega,
variável interveniente
amolada.
Já basta de olhar
para dentro,
vós,
cegos ao tatear
o elefante.
É preciso seguir adiante,
- dizia o manifestante.
O convite era olhar
para fora.
É no mundo além dos poros
na observação compartilhada
que deve seguir a meada.
Fundou-se o embasamento
de um novo objeto,
não menos complexo -
o comportamento.

.