
MORTE DE UM POETA
Data 10/12/2007 12:41:49 | Tópico: Poemas
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Amigo, quando na campa, por sina, eu repousar, Não chores por mim, porque tudo na vida é ilusão! Sou um mísero sofrente que da dor quer escapar Sou mais um simples rosto que sairá da multidão
O fado das minhas tristezas me fêz tanto pensar, Se esta existência para mim foi severa punição; A melodia da felicidade nunca aprendi a cantar, Merencória vivência, escopo de tanta altercação!
Quando meu soma, ali inerte, não mais respirar, Já não mais faço parte desta atroz conspiração, Deixa apenas que os vermes venham consumar
O corpo de um lírico que só alcançou decepção. Os clarins com toques estrídulos vão anunciar, O retorno de um poeta à sua nova dimensão.
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