
Fim de tarde
Data 27/02/2013 10:23:59 | Tópico: Poemas -> Fantasia
| " ... agora vai sendo por inteiro sorvido pela névoa bailarina, mergulhando as alvas velas na neblina... "
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O barco deslizava suavemente como na superfície do espelho, as brumas do nevoeiro antevia, silencioso e ligeiro ele ia. O sol quase frio não transmitia calor do verão, parecia triste, tíbio na praia ainda insistia, aproveitando últimos momentos, teimosamente com raios dourando palmeiras e coqueiros sonolentos ao som da tépida brisa sonhando.
Sob o sol ainda portentoso. funde-se ao mar, o céu brumoso, e a maré de ondas adornadas. As cristas de areia alvejadas moviam-se silenciosamente, rumo à água transparente, até serem tragadas pelo nevoeiro. O barco agora vai sendo por inteiro sorvido pela névoa bailarina, mergulhando as alvas velas na neblina.
Folhas balançam como um véu, parece que barco, água e céu, ouvem uma melodia soando, tomando conta do lugar, tudo em harmonia a bailar, aquecidos por um quase esplendor do sol já desenhando no horizonte o arrebol, atraindo o fim de tarde a afagar um cálido clima de ternura sem par.
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