
Poema de Julio Saraiva / A ALEXANDRE O'NEILL
Data 24/02/2013 09:03:42 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| http://youtu.be/QciYfvcUMMw
"Mas sofre de ternura, bebe demais e ri-se do que neste soneto sobre si mesmo disse..." (Alexandre O'Neill)
também bebo demais e rio-me das penas deste purgatório - não o de torga - que construí para mim mesmo tenho pesadelos terríveis em decorrência do álcool sonho sonhos de necrotério ainda ontem alexandre vi meu corpo nu exposto na morgue acordei suando frio fui à janela e olhei para o céu havia uma gorda lua cheia debochando de mim pela manhã tive a certeza de que continuava vivo olhei meu rosto no espelho e reparei que meus olhos estavam mais tristes do que de costume a puta da minha vida tem disso as mulheres me roubam a consciência de homem nessas horas queria ser o poodle da minha vizinha come bebe ignora o tempo e vive cercado de mimos esta vida do caralho está sempre a nos dar bananas agora dei de beber pela manhã gosto do desprezo com que me olham no bar o sofrimento para mim é um vício que não vou largar nunca escrevo meia dúzia de poemas e me dou por satisfeito tenho a capacidade de morrer quando quero mas o porteiro do prédio onde moro não sabe disso minha vizinha diz que sou louco de vez em quando até sou (louco de saudade de mim) sempre quando converso comigo acabo em discussão desculpe se o poema está ruim amanhã cedo faço outro melhor
(JÚLIO SARAIVA) http://youtu.be/QciYfvcUMMw
Já a minha alma foge como se tivesse pressa De descobrir em que horizonte A minha vida se prolonga! Vóny Ferreira
Nota; Em pensamento estarei aí, Julio, olhando-te através de uma flor, não para te dizer adeus mas até sempre... JÁ QUE O SEMPRE NUNCA NOS MATA!!
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